PARA MÃES: MENOS CONTROLE
- Mariana Simões Teixeira
- 28 de mar.
- 3 min de leitura

“Alegre-se com seus filhos todos os dias, como seres maravilhosos que são. Tudo mais ficará no seu lugar. Ame-os. Porque o que fica, o que realmente importa, é o amor.”
Terapia do Ser Mãe
Ser mãe é dançar entre o instinto de proteger e a necessidade de soltar. É um equilíbrio delicado entre guiar e permitir que descubram seus próprios caminhos. Queremos segurá-los pelas mãos, mas também precisamos deixá-los voar.
Às vezes, nos pegamos tentando organizar o mundo ao nosso redor, como se pudéssemos garantir que tudo seguirá o roteiro perfeito. Controlamos cada detalhe, revisamos cada passo, não por capricho, mas por amor. Queremos que nada falhe, que nada machuque, que tudo esteja exatamente no lugar certo. Mas será que esse controle nos liberta ou nos aprisiona?
O PESO DE SEGURAR TUDO SOZINHA
Quando centralizamos todas as decisões e tarefas, criamos um ambiente onde os filhos deixam de experimentar a autonomia, de errar e aprender, de se descobrir capazes. Sem perceber, tiramos deles a chance de crescer com confiança. E, ao mesmo tempo, vamos nos sobrecarregando, nos enchendo de responsabilidades até que o peso se torne quase insuportável.
O lar reflete aquilo que sentimos. Se estamos tensas, ansiosas, tentando controlar tudo, o ambiente se enche desse mesmo peso.
O excesso de controle rouba a leveza dos dias, a alegria dos pequenos momentos. E no desejo de manter tudo perfeito, podemos acabar deixando escapar o que é mais precioso: a presença verdadeira, o olhar demorado, o riso solto.
A BELEZA DE SOLTAR
Abrir mão do controle não significa negligência, mas sim confiança. Confiar em nossos filhos, em nosso parceiro, na nossa rede de apoio, e principalmente, confiar em nós mesmas. É entender que não precisamos dar conta de tudo sozinhas, que não há vergonha em pedir ajuda, que ser mãe não significa carregar o mundo inteiro nos ombros.
Soltar é um ato de amor. É permitir que os filhos assumam pequenas responsabilidades, que descubram seus próprios caminhos, que enfrentem desafios sabendo que estamos por perto, mas sem sufocar. E nesse espaço que criamos ao delegar e confiar, também encontramos tempo para respirar, para nos cuidar, para lembrar que, antes de mães, somos mulheres, somos inteiras.

REFLEXÕES PARA O CORAÇÃO
1. Você sente que precisa estar no controle de tudo? Como isso afeta seu dia a dia e a harmonia em casa?
2. Quais medos te fazem acreditar que soltar pode ser arriscado? Será que há alguma insegurança por trás disso?
3. Seu desejo de controle tem ajudado ou dificultado o crescimento e a autonomia dos seus filhos?
4. Como sua ansiedade impacta o clima do seu lar? O que acontece quando você se permite relaxar?
5. De que forma confiar mais poderia fortalecer os laços com seus filhos, seu parceiro e consigo mesma?
6. Qual o primeiro passo que você pode dar hoje para encontrar mais leveza entre o controle e a liberdade?
PEQUENOS GESTOS PARA GRANDES MUDANÇAS
Delegue tarefas – Seu filho pode guardar os brinquedos, seu parceiro pode ajudar nas decisões. Nem tudo precisa ser feito por você.
Aceite outros jeitos – As coisas não precisam ser feitas do seu jeito para estarem certas. Tudo bem se for diferente!
Cuide da sua ansiedade – Preste atenção aos sinais. Se necessário, busque apoio profissional. Você não precisa dar conta de tudo sozinha.
Peça ajuda – Não espere que adivinhem o que você precisa. Diga! Comunicar-se evita frustrações.
Seja flexível – Nem tudo precisa ser perfeito. A vida acontece nos detalhes imperfeitos e cheios de amor.
A maternidade não está no controle absoluto, mas na confiança, na entrega e na capacidade de amar sem medidas.
Porque no final, não importa se tudo foi como planejamos, mas sim o quanto fomos presentes, o quanto compartilhamos e o quanto amamos.



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